"Portanto, não julguem nada antes da hora devida; esperem até que o Senhor venha. Ele trará à luz o que está oculto nas trevas e manifestará as intenções dos corações. Nessa ocasião, cada um receberá de Deus a sua aprovação" (1 Coríntios 4:5)

Doutrina

Doutrinas da Igreja de Deus

O que o movimento reformador da Igreja de Deus entende por Igreja?

D.S.Warner responde: As palavras "igreja e igrejas", ocorrem 109 vezes no Novo Testamento, e sempre traduzido de "Ekklesia" do grego, o que também pode ser traduzido como a congregação dos regenerados. A Bíblia diz que Cristo é o cabeça da igreja (Efésios 1:22-23). E se Ele é o cabeça, necessariamente inclui os seus membros. Nenhum grupo ou seita é composto dos regenerados, pois os regenerados de todos os lugares e tempos representam a Igreja de Deus (Colossenses l:18-24).

Quem é o fundador da Igreja?

Em Hebreus 11:10, a Bíblia nos fala que Abraão procurava por uma cidade com fundamentos em que Deus é o arquiteto e fundador. E o apóstolo Paulo em Hebreus 12:22-24; diz "Mas tendes chegado ao monte Sião a cidade do Deus vivo a Jerusalém celestial". A cidade o qual Deus é o principal construtor, nós chegamos através da dispensação do evangelho que é a igreja dos regenerados. Cristo é a manifestação de Deus na carne, fundador e construtor da igreja. (Hebreus 3:3-4; Atos 20:28; Efésios 5:25-27; Mateus 16:18). Estes textos mostram claramente que Cristo é o fundador da igreja, conseqüentemente, toda instituição fundada por homens não é a Igreja Neo Testamentária.

Quando a Igreja foi fundada?

Em Mateus 16:18, diz que a Igreja seria construída. O Apóstolo Paulo, no livro de I Coríntios 3:9, nos relata dizendo: "Vós sois lavoura e edifício de Deus" (Igreja)... Cristo é a pedra angular no qual todo o edifício cresce como um santuário de Deus. (Efésios 2:20-22). No ano 19 dC Cristo disse: "Edificarei a minha igreja". No ano 56 dC os apóstolos disseram: "Vós sois o edifício, habitação de Deus no espírito". Logo entendemos que a igreja foi edificada entre os anos 29 a 56 dC. E verdade que o ministério de João Batista e do próprio Cristo, representam as bases da igreja, mas a vinda do Espírito Santo foi o momento chave da edificação da igreja de Deus. "A igreja e seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as cousas (Efésios 1:23)". Assim em Cristo completa o plano de Deus para a sua Igreja. Portanto todos os grupos religiosos que não tem Cristo como a pedra fundamental, são filhos da confusão e não da Igreja Neotestamentária.

Quem é a porta da Igreja?

Jesus disse: "Eu sou a porta. . .(João 10:7-9)."...Nele temos acesso ao Pai pelo Espírito Santo (Efésios 2:18)". Portanto nas Escrituras vemos Cristo como porta da igreja que está constantemente aberta. Podemos notar que todas as seitas tem uma porta, e a maneira de entrar são através de regras feitas por homens, mas a Igreja de Deus tem Cristo como o caminho de entrada à Igreja (João.14:16; I João 5:11-12).

Quem admite os membros à Igreja?

Atos 2:46,47; lemos que os apóstolos iam de casa em casa evangelizando pela palavra, mas era Deus que adicionava à igreja. "Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo como lhe aprouve (I Coríntios 12:13-18)". Por estes textos podemos entender que quem adiciona os membros à Igreja e Cristo, e esta e a razão porque a Igreja de Deus não usa rol de membros.

Quem são os membros da Igreja?

A Igreja de Deus como organização, tem as portas abertas para qualquer um assistir suas atividades, mas no sentido específico, só fazem parte pessoas verdadeiramente regeneradas. Em Efésios 2:19, 3:15, diz que somos da "família de Deus", e que usam o Seu nome unicamente os filhos de Deus, regenerado pelo Espírito, somwente estes fazem parte da Igreja de Deus. "Quem comete pecado é do diabo e todo aquele que é nascido de Deus não peca, nisto manifesta os filhos de Deus e os filhos do Diabo". (I João 3:8-10, 5:18)

Quantas igrejas pertencem a Deus?

Todos os textos sagrados falam da unicidade da Igreja. (João 10:16; Romanos 12:4-5; I Coríntios 12:12,13,20; Efésios 2:14-16; 4:4-6; Colossenses 3:15) Estes textos afirmam a existência somente de uma Igreja. Em II Coríntios 11:12, a Igreja e apresentada como noiva a um 50 esposo que e Cristo por estes e outros textos concluímos que Deus tem apenas uma igreja.

Como a Igreja de Deus entende a unidade dos Crentes?

Em João 17:11,12,20-23 lemos sobre a perfeita unidade nos crentes. Nos textos de (I Coríntios 1:l0; Gálatas 3:28; Filipenses 1:27; Romanos 15:5,6; Atos 4:32), mostram que os apóstolos entenderam e ensinaram sobre a perfeita unidade dos filhos de Deus. Alguém pode comprar o ensino de Cristo com a realidade do sectarismo, e concluir que não existe algo de errado? Quando Deus quis interromper a torre de Babel, ele trouxe a confusão de línguas, mas quando quis construir a sua igreja trouxe uma clara mensagem na pessoa de Jesus Cristo (Colossenses 2:9-10).

O que muda numa pessoa através do novo nascimento?

O novo nascimento é, para mim, um dos temas mais emocionantes da Bíblia e, acima de tudo, um dos ministérios mais profundos da vida cristã. Jesus disse: "O vento assopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito" (João 3:8).

Por varias décadas observo a busca da nova vida de homens e mulheres, jovens e crianças, e vejo o que o Espírito Santo tem feito na vida destas pessoas.

Alguns "aparentemente" foram erguidos pelo vento no dia de sua decisão. Sua experiência foi tão forte que transformou todo o semblante marcado de amarguras, em uma face radiante de luz da graça de Deus, isso de forma visível e emocionante.

Lembro-me de uma jovem que chorando confessava seus pecados no momento da oração de decisão e conversão, e em meio à oração passou a jubilar de alegria pela transformação que começava a sentir.

Outros porém, ficaram calmos, ou até inseguros e assustados. Porém mais tarde se confirmou que sua mudança foi tão real quanto à de outros que sentiam grandes emoções.

Quando queremos saber: "O que muda numa pessoa através do novo nascimento." Deveríamos procurar saber "o que mudou diante de Deus", e não somente o que mudou aqui na terra , ou no peito do novo convertido. Pois o que realmente interessa ao réu que foi absolvido, é aquilo que a justiça divina escreveu. E o que mudou de impacto foi sua eternidade, pois passou da morte para a vida, da condenação do inferno para a recepção pelos anjos de Deus, seu nome agora está escrito no livro da vida, e por estas razões, será chamado para entrar no gozo eterno.

Tudo quanto espero do novo nascimento, da regeneração do homem, é aquilo que o Espírito Santo faz. Fundamentalmente não importa o que os pastores e evangelistas fizeram, ou podem fazer e sim o que Deus fez no seu livro, pelo seu poder, e pela ação regeneradora do sangue de Jesus Cristo, seu filho que nos livra de todo o pecado.

Lembro-me da experiência orando com meus próprios filhos. E esta lembrança se tornou mais viva, quando a poucos momentos antes de escrever estas palavras nossa filha de 4 anos, chegou e disse: Agora tenho um novo hino para cantar, escutem: "Quero cantar uma linda canção de um homem que me transformou". Neste instante tomei a menina sobre meus braços e relembramos o dia 21 de Novembro de 1992, quando as 22:45 hs ela tinha me dito: "Pai, ore por mim, para que Jesus sempre fale comigo e eu não pratique o mal".

Tudo quanto vi em seus olhos e senti em seu abraço forte e carinhoso, depois da oração e apenas um pequeno pressentimento daquilo que aconteceu no céu diante dos anjos de Deus, feito pelo seu próprio Salvador e seu advogado Jesus Cristo.

O novo homem em Cristo começa sua caminhada de fé como um recém-nascido, demora para caminhar sozinho, por mais que seja adulto e inteligente. Tropeçando e cambaleando aprende a dar seus primeiros passos na fé. E nesta faze de aprendizado, infelizmente os fracos são mal entendidos pelos irmãos e líderes, e perseguidos pelos poderes do inferno. Porém muitos sobrevivem e finalmente, os últimos muitas vezes passam a ser os primeiros.

Eu creio no novo nascimento, creio na regeneração do homem pelo perdão de Deus. Creio na vida nova que Deus oferece, mesmo que exércitos de inimigos combatem estas novas criaturas em Cristo.

Cristo venceu o mundo, e é Ele quem levará todos os filhos sinceros sobre seus braços fortes, livrando-os da batalha terrena e colocando-os na sua glória.

O que muda com o novo nascimento? Muda, que este novo homem não entrará em condenação mas entrara para o reino de Deus, pois ele é nascido de Deus.

O que a Igreja de Deus crê e professa?

  1. Cremos na existência de um Deus Pai, filho e Espírito Santo. Um em essência e Trino em pessoa;
  2. Cremos na Inspiração divina, veracidade e integridade da Bíblia, tal como revelada originalmente, e na sua suprema autoridade em matéria de fé e conduta;
  3. Cremos na pecaminosidade de todos os seres humanos, desde a queda e na redenção da culpa, na justificação do pecado somente por meio da fé, e da regeneração em Cristo.
  4. Cremos na missão pessoal do Espírito Santo no arrependimento, na regeneração e na santificação dos cristãos. No novo nascimento o Espírito vem habitar com o seguidor de Cristo. A plenitude dEle e a experiência do cristão segundo a sua consagração pessoal. O Espírito Santo é soberano em distribuir os dons entre a igreja.
  5. Cremos na única Igreja (Igreja de Deus,reino Universal de Deus) que é o corpo de Cristo, composto de todos os verdadeiros regenerados que na terra se manifesta nas congregações locais através dos cultos (reuniões públicas espirituais); ordenanças: batismo por imersão, o qual simboliza a morte para o pecado e nova vida com Cristo; Santa ceia que é o símbolo do sacrifício vicário de Cristo na cruz; Lava-pés como símbolo do amor fraternal, humildade e serviço ao próximo;
  6. Cremos na 2ª vinda visível de Cristo, na ressurreição dos mortos, na transformação dos vivos, juízo final, separação dos justos e injustos (o injusto está no inferno e após o juízo será lançado no lago de fogo. O justo está no paraíso e após o Juízo estará no céu). Na destruição universal da terra pelo fogo;
  7. Cremos no reino de Deus (não terreno e não milenar). Um reino perfeito e glorioso, do qual todo o regenerado será co-participante e reinará com Deus de eternidade em eternidade

Qual a posição da Igreja de Deus em relação aos outros grupos denominacionais?

Nós cremos que todos os que Deus aceitou por Cristo, pertencem a Igreja de Deus. Existe apenas uma Igreja. As denominações são divisões entre os crentes, nossa convicção é que isto não é apenas um episódio lamentável da historia, é um desenvolvimento errado do cristianismo, como também contra o pIano de Deus.

Como Movimento Reformador, a Igreja de Deus , vê sua vocação em representar e defender a unidade do povo de Deus. Nós estendemos a nossa mão para todos os regenerados como nosso irmão. Por esta razão a Igreja de Deus não usa o sistema rol de membros, e mantém o nome bíblico. Igreja de Deus.

Porque a Igreja de Deus não batiza crianças?

A Igreja de Deus não batiza crianças. A Bíblia diz: "Quem crer e for batizado será salvo" (Marcos 16:16). Uma criança não pode crer. Em Atos 2:32; lemos: Ärrependei-vos e cada um de vós seja batizado". Uma criança não pode crer e nem precisa arrepender-se. O simbolismo do batismo representa, morrer para o mundo e ser sepultado para Cristo, e só pode ser compreendido através do batismo por imersão (Romanos 6:3-5). Os discípulos batizavam em locais onde havia bastante água, muitas vezes se lê que eles batizavam nas águas (Atos 8:36-39), logo concluímos que só o batismo por imersão faz sentido segundo os ensinamentos e contextos bíblicos.

A Igreja de Deus pratica o falar em línguas desconhecidas?

Não! O termo língua desconhecida não existe. Em vez, a língua é conhecida por alguém ou ela não existe. A palavra estranha ou desconhecida vem do termo grego (agnosto), e toda vêz que aparece no capítulo 14 de I Coríntios, está entre colchetes, isto significa que tal termo não aparece no texto original grego, portanto, foi adicionada pelos tradutores usando os manuscritos italianos. Toda vêz que Deus se manifestou a alguém nas histórias da Bíblia, sempre usou o idioma mais familiar daquela pessoa. Em I Coríntios 14:6-9, o apóstolo Paulo está dizendo que se alguém falar um idioma que outros não entendem, para nada serve, e no verso 28 diz: "se não houver intérprete, cale-se".

Na passagem de I Coríntios 12:19-25, 27-28; o Apóstolo Paulo enumera vários dons, não para provar a plenitude do espírito, mas como meio de servir a igreja. "Para a edificação dos Santos" (Efésios 4:14). O apóstolo afirma: "Nem todos os mesmos dons" (I Coríntios 12:29). O dom do Espírito Santo dado aos apóstolos, para falar em outro idioma que não tinham aprendido (Atos 2:7-11), está claramente evidenciado no verso 11, que tratava-se de idiomas ou dialetos, falados em algum lugar da época. O apóstolo cita a profecia de Isaías 28:11-12; em I Coríntios 14:21-22; que diz: "Deus em algum dia, não se manifestaria unicamente na língua hebraica (idioma usado no Antigo Testamento para as revelações divinas), mas que a sua palavra seria pregada em outros idiomas". Por essa razão no verso 22 ele diz que o falar em outros idiomas não era um sinal para os crentes de então mas para os gentios (povos que ainda não tinham sido evangelizados). Uma análise cautelosa de I Coríntios 12:13-14 nos mostra que o apóstolo Paulo, queria enfatizar o uso correto dos dons de Deus, e de Corinto. Em I Coríntios 14:33 o apóstolo nos fala que Deus não é um Deus de desordem, mas de ordem e de paz, como ocorria em todas as outras igrejas.

Portanto, a Igreja de Deus crê, sim, num dom milagroso de comunicação, que Deus pode dar exporadicamente aos seus servos para contribuir na divulgação do evangelho, quando houver necessidade para tal.

Porque a Igreja de Deus rejeita a adoração a ídolos e prática de atividade ocultas?

O primeiro mandamento foi "Não terás outros deuses diante de mim; não farás para ti imagens de escultura, não às adorarás e nem lhes prestarás culto, porque eu sou o Senhor teu Deus" (Exodo 20:3-5). Segundo esta passagem, a adoração deve ser única e exclusivamente a Deus. Em relação a toda prática de ocultismo a Bíblia diz: "é abominação diante de Deus" (Deuteronômio 18:9-12; Malaquias 5:12-15; Gálatas 5:19-21).

Por que a Igreja de Deus não ensina o reino milenar?

O Movimento Reformador da Igreja de Deus é um grupo que usa o ensino bíblico como a base de sua teologia, e segundo os ensinos bíblicos há três razões porque não cremos no milênio (teoria que ensina que Cristo reinará por mil anos na terra).

  1. Porque não há necessidades para um milênio, pois Cristo já edificou o seu reino sobre a terra em bases espirituais (Sl 47:7-8). No Salmo 32:11 Deus promete um reino messânico e no Novo Testamento os anjos (Lc 1:32), Pedro (At 2:30), João Batista (Mt 3:2), como o próprio Cristo (Mt 9:1), aplicaram estes textos ao reino de Deus, por ocasião da primeira vinda de Cristo. Porém é dito que o reino de Deus não é político (Jo 18:36), e nem geograficamente limitado (Rm 14:17), mas sim um reino universalmente espiritual.
  2. Na segunda vinda de Cristo não haverá um tempo para o referido milênio. Todas as profecias em relação à segunda vinda de Cristo se referem a uma única pessoa e uma única vinda (Mt 24:3; Tg 5:8; Hb 9:28; At 1:9-11; Ap 1:7). "Então Ele ressuscitará os mortos no último dia" (Jo 6:39,44,54; ICo 15:52), então o juízo final e a separação eterna. Segundo estes textos, não há espaço reservado por Deus para o milênio.
  3. Não haverá lugar para o suposto reino milenar. O Apóstolo (I Pe 3:3-7; 10:14) mostra que no dia da segunda vinda de Cristo o nosso planeta será desintegrado, e em Ap 20:11 nos diz que Deus nos dará um novo céu e uma nova terra.

As evidências bíblicas sobre a segunda vinda de Cristo tiram todas as bases da teoria milenar. Jesus disse: "Ide, pregai o evangelho a toda a criatura, ensinando-os a guradar todas as cousas que tenho ordenado" (Mt 28:19-20). Mas, nem mesmo Jesus e os apóstolos, ensinaram e profetizaram o dito milênio. O texto de Ap 20:1-8, usado pelos milenistas, não ensina um reino político de Cristo na terra, o verso 4 fala das almas dos mártires que reinaram com Cristo, e no verso 11 fala de um trono celestial no céu. Ap 20:11 precisa ser visto como literatura tipológica, que fala sobre as circunstâncias da igreja perseguida no império romano, e deve ser interpretada como tal.

A Igreja de Deus crê na cura divina?

Sim! São muitas as passagens bíblicas que falam de cura divina, e de promessas de cura. "Trarei saúde e cura ao meu povo" (Jr 33:6), "Se o meu povo, ...sararei a sua terra." (II Cr 7:14). Jesus deu autoridade ao seu povo para orar pelos enfermos (Lc 9:1). Os presbíteros deve ungir e orar por eles, e a súplicado justo muito pode (Tg 5:13-16).

A cura divina tem sido um dos acontecimentos marcantes no ministério de Cristo, dos apóstolos, na história do cristianismo, como também foi na vida dos pioneiros do Movimento Reformador da Igreja de Deus, e continua sendo a experiência do povo de Deus até os dias de hoje. Além da cura divina cremos que Deus cura através dos medicamentos e pessoas especializadas na medicina. Em casos específicos praticamos a unção conforme Tg 5:14.

Como a igreja de Deus representa a santificação?

O Movimento Reformador da Igreja de Deus é um movimento de santidade. Segundo o ensino bíblico sobre a atuação do Espírito Santo, ele nos conduz a um viver santo (Lv 20:7), a santidade pode ser exigida (Lc 1:74,75; I Ts 4:3; Jo 17:17-19). A promessa do Espírito Santo foi dada como meio de santidade (Mt 3:11; At 2:39; II Co 7:1; Hb 12:14). A conduta cristã deverá ser pura, pois somos purificados pelo sangue de Cristo (Hb 13:12; I Jo 1:9; Jo 15:2). Quando o Cristão recebe o Espírito Santo inicia-se um processo de santificação. O Espírito guiará, dará os dons, fortificará, limpará e ha de inspirá-lo para um caminho e um viver santo.

A Igreja de Deus crê na predestinação?

A Igreja de Deus crê na soberana direção de Deus no sentido dEle ter um plano para a vida de cada pessoa, mas não em uma predestinação radical fazendo do homem um mero objeto, pois Deus criou o homem como um ser moral e de livre escolha. Quanto a salvação Jesus disse: "Quem tem sede venha a mim e beba" (Jo 7:37).

Em Atos 10:34 Pedro reconheceu que Deus não faz acepção de pessoas. Jesus disse "nem todo o que diz Senhor Senhor entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai" (Mt 7:21). "Quem quiser, receba de graça a água da vida" (Ap 22:17). Em Os 3:6 nos diz que os sacerdotes foram rejeitados porque rejeitaram os conceitos de Deus.

Segundo o teor destes textos percebemos que Deus não força ninguém a fazer o bem ou o mal, mas respeita o livre arbítrio do ser humano (Hb 10:26-28). A livre escolha faz do homem um ser moral e responsável pelo seu destino eterno, salvação ou perdição.

Por que a Igreja de Deus guarda o domingo em vez do sábado?

O pacto de Deus com seu povo no Antigo Testamento sobrea a guarda do sábado foi abolido pelo novo pacto através de Jesus Cristo. Em Gl 3:19 está escrito que a lei do Antigo Testamento vigorou até a chegada do Novo Testamento, e no verso 24 do mesmo capítulo diz: "As coisas do Antigo Testamento serviram como sobras das coisas superiores que vieram em Cristo Jesus". "Quem quiser viver nos conceitos do velho pacto se desvia de Cristo" (Gl 5:4). "Devemos ter cuidado para não deixar erredar-nos com filosofias humanas" (Cl 2:8). "Não devemos julgar e nem deixar-nos julgar pela guarda do sábado" (Cl 2:16-18). "A escrava Agar representa o velho pacto, e Sara esposa de Abraão o novo pacto em Cristo, e nós somos filhos da livre e não da escrava." (Gl 4:21-31). "Deus havia profetizado. Farei cessar os sábados" (Os 2:11). A Igreja Apostólica Neotestamentária, passou a guardar o primeiro dia da semana denominado "dia do Senhor", porque foi o dia que Cristo ressuscitou. "Se reuniram no primeiro dia da semana" (Mt 28:1; Lc 24:1; I Co 16:2). João teve a revelação no primeiro dia da semana (Ap 1:10). Conforme estes textos a Bíblia ensina que o dia de descanso (Shabbath) foi celebrado pelos discípulos no dia da ressurreição de Cristo que é o dia do Senhor.

Como a Igreja de Deus interpreta o Reino de Deus e quando teve seu início?

O reino de Deus é o domínio soberano e universal de Deys e é eterno (Dn 2:37:44; Is 9:6-7; Mt 3:2; 12:28; Rm 14:17).

É também o domínio de Deus no coração dos homens que, voluntariamente, a ela se submetem pela fé, aceitando-o como Senhor e Rei. É assim, o reino invisível nos corações regenerados, que opera no mundo e se manifesta pelo testemunho dos seus súditos (Mt 4:17; Lc 17:20; 4:43; Jo 18:36; 3:3-5; Mt 6:33; I Pe 2:9,10). A consumação do reino ocorrerá com a volta de Jesus Cristo, em data que só Deus conhece, quando o mal será completamente vencido e surgirá o novo céu e a nova terra para a eterna habitação dos remidos com Deus (Mt 25:31-46; I Co 15:24; Ap 11:15).

Como a Igreja de Deus aplica a disciplina a seus membros?

Segundo o ensino bíblico Deus ama sua igreja de forma tal que não poupou o seu próprio filho, por essa razão Ele nos deu a sua palavra como meio de disciplina para nos aperfeiçoar até a vinda de Cristo (II Co 3:18). "Para sermos irrepreensíveis até o dia do Senhor" (I Co 1:5-8). A Igreja de Deus tem sido cautelosa quanto o rigor da disciplina, e observadora do padrão bíblico (I Co 5:13; Ap 2:14; II Ts 3:6-15; Gl 1:6-9; Fl 3:10; At 20:30; I Co 1:10-13; Mt 18:18; I Ts 5:14). A finalidade da disciplina deve sempre ter o caráter terapêutico, aplicado com amor, imparcialidade, discernimento e confidência. Os objetivos da disciplina são três:

  1. Restaurar a pessoa que pecou (I Co 5; I Tm 1:18-20)
  2. Advertência aos outros (I Tm 5:20; II Ts 3:3-15)
  3. Proteger a reputação da Igreja (I Jo 2:19; I Co 5:6-7; III Jo 4)

Como a Igreja de Deus encara o problema do divórcio e segundo casamento?

A família cristã, criada por Deus para o bem do homem, é a primeira instituição da sociedade. Sua base é o casamento monogâmico e duradouro por toda a vida, e só poderá ser desfeito pela morte. O divórcio, além de ser um dissolvente progressivo da família, tende a multiplicar lares sem filhos e filhos desamparados. Podemos dizer que o divórcio é uma ameaça à integridade familiar e ruína total para a sociedade. Jesus disse: "O que Deus uniu, não separe o homem" (Mt 19:5-6). Baseado nos ensinos da Bíblia, as palavras dos cristãos devem ser sim sim, e não não, o que passar disto é procedência maligna. A Igreja de Deus não executa casamento de divorciados e nem recomenda-os como líderes religiosos.

Como a Igreja de Deus encara a questão sobre a morte?

Todos os homens são marcados pela plenitude, de vez que, em consequência do pecado, a morte se estende a todos (Rm 5:12; 6; I Co 15:21,26; Hb 9:27; Tg 4:14). A Palavra de Deus assegura a continuidade da consciência e da identidade pessoal após a morte, bem como a necessidade de todos os homens aceitarem a graça de Deus em Cristo enquanto estão neste mundo (Lc 16:19-31; Hb 9:27). Com a morte, está definido o destino eterno de cada homem (Lc 16: 19-31, 23:39-46; Hb 9:27). Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta para um estado de completa e constante felicidade na presença de Deus. A esse estado de felicidade as Escrituras chamam "dormir no Senhor" (Rm 5:6-11; 14:7-9; I Co 15:18-20; II Co 5:14,15; Fl 1:21-23; I Ts 4:13-17; 5:10; II ™ 2:11; I Pe 3:18; Ap 14:13). Os incrédulos e impenitentes entram a partir da morte num estado de separação definitiva de Deus (Lc 16:19-31; Jo 5:28,29). Na palavra de Deus encontramos claramente expressa a proibição divina da busca do contato com os mortos, bem como a negação da eficácia de atos religiosos com relação aos que já morreram (Ex 2:18; Lv 19:31; 20:6,27; Dt 18:10; I Cr 10:13; Is 8:19; 38:18; Jo 3:18,36; Hb 3:13).

Como a Igreja de Deus vê o caminho eterno do justo e injusto?

Deus, no exercício de sua soberania, está conduzindo o mundo e a história a seu termo final (Mt 13:39-40; 28:20; At 3:21; I Co 15:24-28; Ef 1:10; II Pe 3:10). Em cumprimento à sua promessa Jesus Cristo voltará a este mundo, pessoal e visivelmente, em grande poder e glória (Mt 16:27; 24:27-31; 26:64; Mc 8:38; Lc 17:24; 21:27; At 1:11; I Ts 4:16; I ™ 6:14,15; II ™ 4:1-8; Tt 2:13; Hb 9:28; Ap 1:7). Os mortos em Cristo serão ressuscitados e os crentes ainda vivos, juntamente com eles, serão transformados, arrebatados e se unirão ao Senhor (Dn 12:2,3; Jo 5:28,29; 6:39,40,44; 11:25,26; Rm 8:23; I Co 15:12-58; Fl 3:20-21; Cl 3:4; I Ts 4:14-17). Os mortos sem Cristo também serão ressuscitados (Dn 12:2; Jo 5:28,29; At 24:15; I Co 15:12-24). Conquanto os crentes já estejam justificados pela fé, todos os homens comparecerão perante o tribunal de Jesus Cristo para serem julgados, cada um segundo suas obras, pois através destas é que se manifestam os frutos da fé ou da incredulidade (Mt 13:49,50; 25:14-46; At 10:42; I Co 4:5; II Co 5:10; II ™ 4:1; Hb 9:27; II Pe 2:9; 3:7; I Jo 4:17; Ap 20:11-15; 22:11,12). Os ímpios condenados e destinados ao inferno lá sofrerão o castigo eterno, separados de Deus (Dn 12:2,3; Mt 16:27; 18:8,9; 25:41-46; Mc 9:43-48; Lc 16:26-31; Jo 5:28,29; Rm 6:22,23; I Co 6:9,10; II Ts 1:9; Ap 20:11-15). Os justos, com os corpos glorificados, receberão seus galardões e habitarão para sempre no céu com o Senhor (Dn 12:2,3; Mt 16:27; 25:31-40; Lc 14:14; 16:22,23; Jo 5:28,29; 14:1-3; Rm 6:22,23; I Co 15:42-44; Ap 22:11,12).

A Igreja de Deus crê na revelação divina?

Sim! A Bíblia menciona um grande número de pessoas, tanto no Antigo como no Novo Testamento, que receberam revelações divinas, e também a história do cristianismo está repleta com episódios de revelações de Deus.

O corpo pastoral da Igreja de Deus não aceita as atitudes ridículas que são apresentadas entre alguns círculos religiosos com intuito de criar o sensacionalismo.

Cremos sim, e temos experiências que Deus hoje se revela e inspira seu povo, dando convicções sobre aspectos referentes ao bem estar de sua Igreja.